Saturday, February 13, 2010
Onde realmente está a fonte de todo o mal?
A Crônica da Escuridão” conta a história de um vilão. Daniel Baronni, levado por series de eventos, entra em um mundo repleto de seres inumanos. Vampiros, demônios e aberrações estão separados por uma linha tênue, entre o mundo real e o surreal. Na primeira parte da história, “A Beira do Abismo Negro”, o leitor é levado em uma viajem à esse mundo sub-existente dentro de cada um de nós. Sua paixão, Íris, longe de saber da realidade, envolve-se com criaturas negativas, e é tragada para o Vale da Sombra da Morte. Daniel, vendo-se sem alternativas, embarca nesse mundo em busca de sua amada. Ao lado de anjos, demônios e seres amaldiçoados, nosso protagonista começa uma empreitada sem fim contra àquele que tudo controla: o Deus Maior.
Três pequenos trechos de “A Crônica da Escuridão – A Beira do Abismo Negro”:
– Existiu há muito tempo atrás, um anjo chamado Sérferus. – Petruz começou a contar a história de onde provinha o nome. – Ele ficou enciumado pela criação do homem. Ele acreditava que Deus estava abandonando os anjos em troca de sua mais majestosa criação de carne e osso. Deus ficou decepcionado com seu anjo, então Ele designou uma missão para Sérferus, para que ele ficasse no Vale da Sombra da Morte mostrando a verdadeira realidade da conseqüência dos próprios atos a esses humanos, a fim de poder ver que o homem não tem o dom da eterna prudência assim como os anjos o têm. E assim Sérferus o fez. Deus nunca veio verificar o trabalho de seu anjo, porém Sérferus nunca se preocupou em fazer o arrependimento crescer no coração do homem. Sérferus imitou a Deus e criou criaturas para que fizessem com que as almas perdidas no Vale Negro passassem o indescritível por não seguirem os mandamentos e à prudência do Senhor. Enquanto isso ele se ocupou de criar um livro de regras e rituais. Esse livro continha todo o seu conhecimento. Deus notando o desequilíbrio entre os planos etéreos, resolveu visitar Sérferus e entender o que se passava. E então Ele viu toda a nova realidade que se tornara o Vale da Sombra da Morte. Deus ficou abismado com tudo e resolveu punir Sérferus, ele não poderia mais guiar o Vale Negro. Sérferus através de palavras e gestos provou a Deus que estava realmente arrependido. Então o Senhor lhe concedeu o Dilérium, o supremo perdão. Deus deixou o Vale Negro nos cuidados das criaturas que Sérferus fez. Pelo que eu saiba, Sérferus foi o único ser até hoje a receber a dádiva desse perdão tão grandioso. (Pag. 149)
***
– Olhem... – Apontou Pri para uma viela entre os túmulos. Um corpo feminino caminhava lentamente em nossa direção. Mais um raio. Abracei Íris mais uma vez como se quisesse protegê-la daquela mulher. Seu sangue agora se misturava com a água da chuva que me banhava. Mais um trovão seguido de um relâmpago. Agora podíamos ver claramente que era uma mulher. Ela era careca, mas tinha todo um rebolar ao andar. A cena era horripilante. (Pag. 66)
***
A voz do guardião era doce e calma. Ele arrastou o general que estava mole como um boneco de pano. A sua mão livre abriu a porta e então ele arremessou Hitler para o outro lado. Foi possível ouvir o baque seco da queda do ditador no chão. O ser alado fechou a porta e ainda sem olhar para nós, deu-nos as costas e caminhou pelo mesmo caminho de onde viera.
– Venham! Vocês já causaram problemas demais por aqui! – Disse o guardião. – Vou levá-los de volta à entrada.
– Quem é ele? – Perguntou Priscila para Petruz!
– Eu não sei. – Disse o tigre negro.
– Eu me chamo Descér. Sou o guardião do Reino dos ludibriadores. – O ser alado parou na entrada da sala. Ele virou-se e finalmente olhou para nós, seus olhos eram negros por completo. – Venham! Não vou pedir novamente.
– Não vamos a lugar algum guardião. – Disse.
– Não quero um derramamento de sangue desnecessário aqui, mas se não me restar escolha, assim será feito. Não passarão por aquela porta com vida e, se dão algum valor a ela, voltem pelo mesmo caminho pelo qual vieram. (Pag. 170)
– Venham! Vocês já causaram problemas demais por aqui! – Disse o guardião. – Vou levá-los de volta à entrada.
– Quem é ele? – Perguntou Priscila para Petruz!
– Eu não sei. – Disse o tigre negro.
– Eu me chamo Descér. Sou o guardião do Reino dos ludibriadores. – O ser alado parou na entrada da sala. Ele virou-se e finalmente olhou para nós, seus olhos eram negros por completo. – Venham! Não vou pedir novamente.
– Não vamos a lugar algum guardião. – Disse.
– Não quero um derramamento de sangue desnecessário aqui, mas se não me restar escolha, assim será feito. Não passarão por aquela porta com vida e, se dão algum valor a ela, voltem pelo mesmo caminho pelo qual vieram. (Pag. 170)
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